QUARESMA

Quaresma: tempo de renovar o espírito pela oração, jejum e a caridade.

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Chegamos mais um ano ao tempo da Quaresma, que iniciamos com a quarta-feira de cinzas, 

quando diante de Deus, reconhecemos nossa necessidade de conversão e de crer no Evangelho.

A quaresma é a preparação para a celebração da Páscoa, um tempo de «40 dias» de Oração, Penitência e Caridade.

A espiritualidade da Quaresma é essencialmente cristocêntrico-pascal-batismal. Este tempo litúrgico é caminho de fé-conversão para Cristo, que se fez servo obediente ao Pai até a morte de cruz. Não se conhece Jesus estando «do lado de fora», mas através da partilha de sua vida: «se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga» (Mc 8,34). 

Consequentemente, no plano da vida, exige-se «aquela mudança íntima e radical pela qual o homem começa a pensar, a julgar e a reordenar a sua vida, movido pela santidade e bondade de Deus, como manifestou-se e nos foi dada em plenitude no seu Filho (Hb 1,2; Cl 1,19 e Ef 1,23)». 

O Papa Francisco em sua mensagem para a Quaresma nos pede para subir a Deus, ele mesmo diz:«vamos subir a Jerusalém...» (Mt 20, 18). 

Segundo o Papa: «o jejum, a oração e a esmola (Mt 6, 1-18), são as condições para a nossa conversão. O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa». 

A mensagem de Jesus nos adverte de que não importa se faltar o lugar para oferecer as primícias a Deus, pois aquilo que Deus quer é o «coração contrito». Não é o fariseu, seguro de suas obras que é justificado, mas o publicano, que bate no peito, dizendo: «Deus, tem piedade de mim, que sou pecador».

O Papa Francisco ainda nos adverte que «na Quaresma, estejamos mais atentos a ‘dizer palavras de incentivo, que reconfortam, consolam, fortalecem, estimulam, em vez de palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam. 

Assim, quaresma é tempo de um mais forte empenho de caridade para com os irmãos. A liturgia fala de «assiduidade na caridade operante», de «uma vitória sobre o nosso egoísmo que nos torne disponíveis às necessidades dos pobres». Não há verdadeira conversão a Deus sem conversão ao amor fraterno (1Jo 4, 20-21). De fato, o jejum não tem significado em si mesmo, mas deve ser um sinal de toda uma atitude de justiça e cariadade (Is 1,16-17; 58, 6-7).

Algumas indicações prático-litúrgico-pastorais.
1- Durante a Quaresma, não são admitidas flores sobre o altar, e o som dos instrumentos só é permitido para acompanhar os cantos, em respeito a índole penitencial deste tempo. 
2- Durante a quaresma omiti-se o Aleluia em todas as celebrações, desde o inicío da Quaresma até a Vigília Pascal, inclusive nas solenidades e festas (nos lugares onde é costume, não se batem palmas). 
3- Reza-se a via-sacra, sinal piedoso do tempo da quaresma.
4- no 4º domingo da Quaresma (Laetare) e nas solenidades e festas é admitido o som de 
instrumentos e o altar pode ser ornado com flores. 
5- O uso de cobrir as cruzes e as imagens na igreja, desde o V domingo da Quaresma pode ser conservado. As cruzes permanecem cobertas até o fim da celebracão da paixão do Senhor, na Sexta-feira Santa; as imagens, até o inicío da Vigília pascal. 


Fonte: 
1- BERGAMINI, Augusto. Cristo Festa da Igreja (O Ano litúrgico), ed. Paulinas, 1994. 
2- MARSILI, Salvatore. Sinais do Mistério de Cristo (Teologia litúrgica dos sacramentos, 
Espiritualidade e Ano litúrgico), ed. Paulinas, 2009. 
3-Vaticannews: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-02/papa-francisco-mensagem-
quaresma-2021-fe-esperanca-caridade.html.

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